Pular para o conteúdo principal

Nunca brinque com um peixe de ascendente escorpião!


Sobre signos, tem muita gente que acha balela pura. 
Eu sou muito suspeita pra falar sobre. 
Não acredito que devemos nossas vidas a eles mas creio que eles exercem certa influência em nossas vidas.
Acredito que aquelas histórias de "cor do dia", "palavra do dia", "incenso do dia" são coisas pra vender revistinhas. O problema disso, pra mim é que muitas pessoas não só acreditam que essas coisas funcionam como depositam suas crenças nisso ao invés de ir fazer acontecer. 
Eu não acredito que basta o poder da intenção, eu acredito no poder da ação. 

Mas resolvi escrever isso porque o texto a seguir me colocou a refletir, me descreve perfeitamente, ainda estou assustada. Salvo 2 palavras que alterei, nunca vi nada se encaixar tão perfeito como este texto do blog Diario Da Eri.


"Sou pisciana. Bastaria isso e o restante da página em branco para ficar claro o que pretendo dizer: é muito difícil sê-la.

Ser de peixes é quase sina.

Vivo numa gangorra. Nada de pés no chão por muito tempo, mas se fincar é para sempre. Difícil demais tomar uma decisão, após tomada, porém, a determinação só me deixa quieta depois de realizar o proposto. Tornam-se missões a serem cumpridas e eu sou um soldado.

Explosiva; calma.
Em um instante, vou da terra ao céu numa explosão aparentemente capaz de destruir o mundo. No seguinte, estou plácida. É como se nada tivesse acontecido. Até por isso, há quem desacredite de mim quando eu esbravejando digo não estar nervosa, após me ter sido exigida calmaria. “Você ainda não me viu com raiva!”, digo.
A tendência é desacreditar dessa minha verdade. Pode-se pensar estar eu brincando ou fazendo ironia. Não é o caso. Minhas explosões são intensas, mas irritações passageiras. Dura instantes. Acabou, terminou.
Minha raiva não. Ela é sentimento longo. Durável e perigosa. Começa pela manhã e anoitece. Nesse intervalo, qualquer suposta explosão é potencializada. Solto o freio colocado para tentar sempre o apaziguamento e largo o verbo no mundo. Não haveria de ser diferente. Se sou pessoa de amar demais, de sentir muito, meus sentimentos ruins também os sinto em demasia.
Foi na adolescência que descobri muito do meu derramamento de lágrimas ter vínculo com a sensibilidade extremada deste signo. Fiel representante do elemento água – e o que vem a seguir acabei de encontrar no Google – “o pisciano possui como característica inata estar sempre em conexão com um reino sem limites e de uma profundidade incomensurável.

Peixes é o signo do misticismo e da fé e os piscianos aspiram a uma outra realidade, mais transcendental. Querem ver o mundo perfeito, e por esta razão, tentam apagar o sofrimento humano da face da terra, seja com dedicação, seja com o escapismo. É tolerante com o outro porque vendo além das aparências, busca sempre o lado bom de cada um. Camaleão, se disfarça conforme a ocasião e se adapta a qualquer circunstância.”

Quando lá na adolescência soube de tudo isso, gostei desgostando. Animou-me ter sensibilidade aguçada, mas essa história de um pé no ar outro na terra, me desesperou.

A vida adulta, me tirou a crença do horóscopo, mas guardei, de propósito, alguns resquícios para mim. Não o acompanho, mas fiquei com o que havia aprendido naquelas revistinhas de adolescente quais os signos que combinam – “será que o meu signo tem a ver com o seu?” – e as principais características de cada um. Para mim, guardei o signo e o ascendente como possíveis chaves para a tentativa de compreensão da minha pessoa: peixes com ascendente escorpião. É este insetinho ruim que me auxilia a colocar o outro pé no chão. Peixes me leva para o céu, o escorpião me puxa para a terra e, num lugar ou outro, acabo me encontrando inteira.

Os signos, entretanto, não foram suficientes. Ainda não encontrei minha compreensão e equilíbrio.

Tive conquistas:

- assumo ser psiciana com ascendente escorpião e todas as conseqüências disso; assumo ser sensível demais e agressiva demais também num momento só, mas assumo também minha ternura e meu amor demasiado pela vida, pelas pessoas. E o mais importante de tudo e assumo com orgulho isso – e na adolescência não era o que pensava -, que ser assim não é fraqueza.
Sonhar com o impossível, lutar pelo que acredito mesmo sendo o mais improvável e desaguar em lágrimas diante do meu sofrimento sem me importar com palavras enviesadas dos outros, me irmana com aqueles cujo sofrimento está ainda preso em seus olhos. E me faz bem. Aliás, faz bem a nós dois."

Se você teve paciência pra ler até aqui merece um beijo e um queijo, obrigada! (◡‿◡✿)

Postagens mais visitadas deste blog

Artes e História: Tardo Antigo - Paleocristã

.:Pra melhor compreender esse projeto leia: Artes e História - Introdução :. PERÍODO TARDO ANTIGO:  Arte Paleocristã Arte Bizantina ARTE PALEOCRISTÃ A Arte paleocristã ou Arte cristã primitiva é a arte, arquitetura, pintura e escultura produzida por cristãos ou sob o patrocínio cristão desde o início do século II até o final do século V.  O cristianismo nasceu do judaísmo, os judeus são contra arte religiosa ou qualquer tipo de representação de Deus, das pessoas, assim como os islâmicos. Em contradição a isso, os romanos pagãos tinham grande apelo a representações de divindades. (No início, Cristo era representado como Hércules/Apolo). Não há arte cristã sobrevivente do século I. Uma vez que nesse período o cristianismo era uma religião exclusiva das classes mais baixas, a falta de arte sobrevivente pode refletir uma falta de recursos para  patrociná-la .  Após aproximadamente o final do século V a arte cristã mostra o início do estilo artístico bizantino .

Artes e História: Otoniana

.:Pra melhor compreender esse projeto leia: Artes e História - Introdução :. Tópicos :  Arte Nórdica, bárbara e viking  Arte Carolíngia Arte Otoniana Arte Otoniana Dinastia de Imperadores do Sacro Império Romano Germânico Oto I (962 – 973) Oto II (973-983) Oto III (996 – 1002) Henrique II (1002 – 1024) Houveram vários baronatos regionais que escolhiam um rei. O título não era hereditário mas os otonianos a tornaram.  A arte otoniana é um momento da arte que surgiu na Alemanha, de meados do século X a inícios do século XI durante o Sacro Império Romano-Germânico com Otão I da Germânia e seus sucessores. É o estilo que sucede ao carolíngio do qual recebe grande influência e que antecipa formalmente o românico. Esta arte marca o abandono do enfoque clássico e maior busca pelo bizantino. Ocorre a queda da monumentalidade, o apreço e o foco vão para os pequenos objetos. Uso de muito luxo e ouro.  A arquitetura é vigorosa, maciça e de equilibradas proporções, utilizando-se p

Uma Vida Despedaçada - Historietas #02

Não sei quando você vai ler isso, mas vou te dizer quando começou: eu saí para passear sozinho na floresta quando uma entidade veio até mim. Era como um borrão. Era, por falta de um termo melhor, uma ausência de significado, um vazio. Onde ela se escondia, não havia árvores, quando se aproximava mais, não havia grama. E então, "isso" pulou em mim, não havia brisa, não havia movimento. Não havia ar algum. Quando me atingiu, senti como se garras me perfurassem em algum lugar invisível. Em uma parte onde eu nunca senti antes. Minhas mãos, braços, pernas e torso pareciam bem e eu não estava sangrando, mas eu sabia que tinha sido ferido de alguma forma. Enquanto respirava fundo com medo de voltar para casa, percebi que eu estava menor. Estava vagamente cansado, e era difícil me concentrar às vezes. A solução nesse estágio inicial foi fácil: uma grande xícara de café me ajudou a me sentir normal novamente. Por um tempo, o dreno sutil no meu espírito se perdeu no fluxo e reflu