Eu não sei ao certo quando passei a me sentir tão pequena. Minto, acho que sei. A culpa é dessas cidades que me esmagam, dos seus céus pesados, e de suas estrelas distantes. No fim o dia - ao retornar, sempre procurei a direção de casa. Mas aquelas eram estrelas novas, e não havíamos sido devidamente apresentadas. Sim, eram belas e antigas, mas quase que completas estranhas. E assim, nos ignoramos. Eu as ignorei por quase toda vida. Até tentei conhecê-las mas não conseguia reconhece-las. Não eram e não se tornariam minhas amigas. Por vezes até tentei apelar para suas empatia, fui desabafar, buscar consolo. Pensei que por serem parentes das minhas velhas amigas da vida toda, elas também me acolheriam. Mas a realidade foi dura: elas eram parecidas mas não eram as mesmas. Eram outras. E elas não se importariam. Era outro hemisfério, outras histórias, outras constelações. E eu perdida, sem o meu cruzeiro do sul.
Look on the Write Side! Meu diário de bordo. Devaneios sem nenhum assunto ou tema em específico, escritos aleatórios e o que me der na telha. Provavelmente é outra das milhares de paginas de lixo que ficam flutuando no cyber espaço até serem engolidas pelo grande monstro verde que mora embaixo da terra e come blogs...